quarta-feira, 30 de abril de 2008

Meus passos...


Andei sem olhar para trás
Vi montes cairem
Tempestades destruir castelos
Meus pés faziam fortes tremerem
A cada passo que eu dava, estruturas desmoronavam
Não havia ruídos
Mas havia destruição
Não havia volta
Mas havia encantamento

Ao chegar no meu destino, me deleitei em todos os seus prazeres
A noite parecia eterna e mágica
Desejava demasiadamente que aquela noite se repetisse por toda a minha vida
Ao amanhecer, o frio que pairava no ar me cortava a pele
E o vazio daquele lugar me envolvia até a alma
Era como se eu tivesse caído num poço de solidão
Eu pensei em voltar, eu desejei voltar
Quis correr de volta para o meu lar
Mas não existia mais nada além de lembranças
Em cada lágrima derramada, cada momento vivido era enterrado
Em cada gemido de dor, minha alma era ferida profundamente

Eu quis partir
Eu fui embora dali
Eu segui adiante, sem olhar para trás...
(Laryssa Lys)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Emoções...


Em meio a tantos desvaneios me encontro em seus beijos
Transformando o que era mórbido em uma alegria reluzente
Apagando o obscuro da moeda e lhe dando vida
O seu amor faz meu cálice transbordar
Meu corpo é o rio abundante da sua paixão
Nos entrelaçamos sentindo nossas almas pulsarem numa harmonia perfeita
Deliramos em respirações ofegantes
Ganhamos o mundo mergulhados em olhares enigmáticos
E anseiamos o infinito a cada segundo
(Laryssa Lys)

Meu refúgio...


É como escolher estar dentro de um vulcão
É como escolher andar no meio de um furacão
É como querer enxergar no meio da escuridão
É como querer segurar o vento entre os meus dentes
É como tentar desatar nós infinitos
É como tentar fugir de um lugar sem saída
O teu silêncio me tira o ar como um beijo sufocante
O teu olhar me suga a alma junto com todos os seus segredos
Me fazes viajar sobre os mais alto dos prazeres
Me fazes querer o mundo, querer o tudo, o todo
Me fazes querer você assim como meus pulmões necessita de ar
Você me tira o ar
Você me tira quem eu sou pra pôr no lugar alguém que tem sede de ti
Tua boca é um manancial de águas limpidas onde mato toda minhas vontades
Entre teu mistério se guarda meus anseios
Entre os teus braços se guarda o meu eu
Sua mão deslizando em meu corpo me faz desejar ser sua
Seu toque me cala a boca e minha alma solta gritos ensurdecedores
Você acende o demaseio da paixão
Você me venda os olhos e me faz esquecer tudo...
(Laryssa Lys)